Eu gostaria de ser uma pessoa porra louca, nada me afeta, nada me importa, mas devido a circunstâncias das quais eu não tenho conhecimento, me tornei esse ser passional, preenchida de sentimentos, tudo me afeta, tudo me importa.
Eu choro quando ouço uma musica mais sentimental, sem nem mesmo saber por que, sem mesmo saber o que dói, por que dói, às vezes, nem dói, mas eu choro.
Minha irmã esses dias me falou, "Mana, tu é muito romântica, né?" paralisei na resposta, por que assim, de fato, nunca achei que eu fosse uma pessoa romântica, foi então que me deparei com essa suposição, e cena por cena fui juntando as coisas das quais eu mais gosto, e surpreendi-me com um ser extremamente romântico, sofredor, sensível... um bicho medroso, nada, nada daquela aparência forte que eu tento transparecer, tenho medo do toque, e me coloco dentro de m vidro, afastando todos de mim para que não vejam esse lado frágil, uma pessoa frágil é bem mais fácil de ser atingida, mas nunca adiantou, sempre fui atingida, mesmo que com o menor dos toques, e eu sempre vou lembrar deles, por menores que eles tenham sido.
Minhas loucuras devêm de uma fuga daquilo que eu tenho receio de ser. Não posso controlar nada, nem mesmo a mim. Minhas dores são inefáveis, nem eu as conheço. Por um momento eu pensei que pudesse ser humano mais solitário do mundo, foi quando recebi ligações dos meus melhores amigos, quase que assim, num aviso, posso não te ver muito, mas você é importante, portanto, perdure aqui conosco, precisamos de você, nem que seja pra ficarmos um do lado do outro num silêncio invasor olhando o sol se pôr. E eu me senti feliz. Eu descobri que sou feliz, e que na banalidade da frase, eu tenho muito que comemorar nesse ano que passou.
Tentarei postar um conto novo amanhã, ainda, sim, na depressão da minha veia literária.
Para todos que acompanham meu blog, um feliz 2010!
Coisa nenhuma. O que não existe. O não-ser. Pouca coisa. Fragilidade. Expressar qualquer negação. De modo nenhum. Não!
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Dois personagens em um bar de São Paulo fazem incríveis ligações sobre as obras do Quentin Tarantino, montando assim uma tese sobre as obras do diretor.
Realmente um curta imperdível, daqueles que tu fica assistindo querendo participar da conversa entre os personagens.
Além de envolver quem o assiste com a tese, o curta conta com magníficas jogadas de cena, e diálogos espertos, reforçando ainda mais a característica do Selton Mello em filmes desse tipo, que junto com o Seu jorge interpretam os dois personagens.
A direção é dos cariocas 300 ml e produção da Republika Filmes, que teve o curta como um primeiro investimento da empresa.
Assista ai e entre na onda da teoria Tarantinesca.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Caixa mágica
Loucura! Pensou na hora em que embarcava no ônibus. Que história de amor mais distante, ouviu de um amigo, o único que ainda era amigo, ao dar o abraço de despedida. Que tudo dê certo, pense – nada é loucura quando é feito por amor. Embarcou com essa frase na cabeça, de fato nada é loucura quando é feito por amor.
É amor? Perguntavam-se todos se aquilo teria um fim, era o que eles queriam, e insistiam, isso não é amor. Alguns se afastaram, alguns riam ao vê-lo passar feliz ao telefone, de alguns, ele mesmo fez questão de se afastar, ao ouvir conselhos fajutos e lições de moral do tipo, você não tem certeza de nada nessa vida, você não sabe o que é o amor, isso não passa de uma historinha adolescente ou o pior de tudo, não levo a sério essa tua história.
De fato eles não se viam todos os dias, nem mesmo podiam passar o final de semana juntos; nas festas às vezes iam sozinhos, depois de um tempo sair já não tinha graça.
Ninguém compreendia.
A questão era que durante meses aquele sentimento foi se tornando maior do que talvez eles esperassem, ganhavam o dia só de ouvir o suspiro de um no outro lado do mundo em cada ligação, esperada, marcada. Viviam juntos, embora separados do toque sutil da mão do outro ao acordar. No telefone, por muitas vezes falavam ao mesmo tempo a mesma coisa, achavam graça, e riam da casualidade tão destinatária.
Choravam, muitas vezes, ao falar desse sentimento tão surpreso, deveriam ali aprender lidar com isso, pois tudo era novo. Tudo ali era novo!
São muitos os que foram fracos, e por medo abriram mão de uma felicidade talvez completa, talvez, por que nada é completo. Alguma coisa sempre falta.
Eles mesmos já pensaram nisso. Em largar um ao outro. Seria em vão. Encontravam numa música o tom exato do outro. E na respiração, a sintonia do outro, e prontamente ligavam-se, ao entardecer, só pra ter certeza de que o outro estava lá, de que nada havia saído do lugar.
Muitos foram os momentos de solidão, de um medo um tanto quanto estranho, da força daquilo que nem mesmo eles entendiam, mas sentiam, e isso bastava. Entender o que se sente custa caro.
Encontraram-se na rodoviária, Casablanca, ultima cena, partiu em passos lentos em direção aquele eu, o qual ele tanto esperou, em passos lentos encontraram-se, e sem notar a multidão que, abismada, cuidava a delicadeza da cena, beijaram-se.
Loucura! Indagaram ao mesmo tempo. E riram. Por fim juntos.
É amor? Perguntavam-se todos se aquilo teria um fim, era o que eles queriam, e insistiam, isso não é amor. Alguns se afastaram, alguns riam ao vê-lo passar feliz ao telefone, de alguns, ele mesmo fez questão de se afastar, ao ouvir conselhos fajutos e lições de moral do tipo, você não tem certeza de nada nessa vida, você não sabe o que é o amor, isso não passa de uma historinha adolescente ou o pior de tudo, não levo a sério essa tua história.
De fato eles não se viam todos os dias, nem mesmo podiam passar o final de semana juntos; nas festas às vezes iam sozinhos, depois de um tempo sair já não tinha graça.
Ninguém compreendia.
A questão era que durante meses aquele sentimento foi se tornando maior do que talvez eles esperassem, ganhavam o dia só de ouvir o suspiro de um no outro lado do mundo em cada ligação, esperada, marcada. Viviam juntos, embora separados do toque sutil da mão do outro ao acordar. No telefone, por muitas vezes falavam ao mesmo tempo a mesma coisa, achavam graça, e riam da casualidade tão destinatária.
Choravam, muitas vezes, ao falar desse sentimento tão surpreso, deveriam ali aprender lidar com isso, pois tudo era novo. Tudo ali era novo!
São muitos os que foram fracos, e por medo abriram mão de uma felicidade talvez completa, talvez, por que nada é completo. Alguma coisa sempre falta.
Eles mesmos já pensaram nisso. Em largar um ao outro. Seria em vão. Encontravam numa música o tom exato do outro. E na respiração, a sintonia do outro, e prontamente ligavam-se, ao entardecer, só pra ter certeza de que o outro estava lá, de que nada havia saído do lugar.
Muitos foram os momentos de solidão, de um medo um tanto quanto estranho, da força daquilo que nem mesmo eles entendiam, mas sentiam, e isso bastava. Entender o que se sente custa caro.
Encontraram-se na rodoviária, Casablanca, ultima cena, partiu em passos lentos em direção aquele eu, o qual ele tanto esperou, em passos lentos encontraram-se, e sem notar a multidão que, abismada, cuidava a delicadeza da cena, beijaram-se.
Loucura! Indagaram ao mesmo tempo. E riram. Por fim juntos.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
E me acalma...
Você foi meu amparo
quando no final do dia
já não restava mais alegria
dentro do meu corpo
cansado de tanta vida
não vivida
e quando me telefonava
nas noites frias
me chamando de amor
no outro lado da linha
dizendo que sem mim
já não se divertia
você foi meu amparo
quando nas minhas loucuras
do meu lado não saiu
e mesmo eu dizendo
vá embora
acabou por fazer um café
cantalorando
'eu te amo tanto',
fingindo não me ouvir.
e nos meus dias de fuga
você dava uma volta
me deixando chorar em paz
uma dor que não entendia
e ao voltar pra casa
me abraçava.
você foi meu amparo
e a minha crença
na hora em que mais ninguém
olhava para mim
seu sorriso do lado da cama
eu podia ver
segurando minhas mãos
fazendo eu ficar arrependida
de ter te trocado
por uma vida passageira
e do calor do teu abraço
minha vida ali se misturou
e me acalma
saber que mesmo louca
alguém um dia me amou.
quando no final do dia
já não restava mais alegria
dentro do meu corpo
cansado de tanta vida
não vivida
e quando me telefonava
nas noites frias
me chamando de amor
no outro lado da linha
dizendo que sem mim
já não se divertia
você foi meu amparo
quando nas minhas loucuras
do meu lado não saiu
e mesmo eu dizendo
vá embora
acabou por fazer um café
cantalorando
'eu te amo tanto',
fingindo não me ouvir.
e nos meus dias de fuga
você dava uma volta
me deixando chorar em paz
uma dor que não entendia
e ao voltar pra casa
me abraçava.
você foi meu amparo
e a minha crença
na hora em que mais ninguém
olhava para mim
seu sorriso do lado da cama
eu podia ver
segurando minhas mãos
fazendo eu ficar arrependida
de ter te trocado
por uma vida passageira
e do calor do teu abraço
minha vida ali se misturou
e me acalma
saber que mesmo louca
alguém um dia me amou.
sábado, 5 de setembro de 2009
Durante o feriado
Fagulhas de cinzas no céu da cidade.
Trancada em casa,
nem mesmo isso
conseguia em paz,
Ouviu os mortos, ainda ídolos,
E na cama sem lençol,
fumou o sem filtro,
bebeu do mais barato vinho,
durante o feriado nacional
ela viu que carentes morrem de tédio
poupou-se disso.
abriu o portão e se foi,
exalando tristeza
Quem foi que pediu licença pra morrer?
Trancada em casa,
nem mesmo isso
conseguia em paz,
Ouviu os mortos, ainda ídolos,
E na cama sem lençol,
fumou o sem filtro,
bebeu do mais barato vinho,
durante o feriado nacional
ela viu que carentes morrem de tédio
poupou-se disso.
abriu o portão e se foi,
exalando tristeza
Quem foi que pediu licença pra morrer?
sábado, 1 de agosto de 2009
Último filme
- Olha, me liga mais tarde que eu estou terminando de ver um filme, já vai acabar.
- Ah, ok!
- ok?
- É. Meu ônibus passa daqui a uma hora, vou pra longe e nem deus sabe quando eu volto, mas tanto faz, isso é bobagem...continua ai vendo teu filme.
- Tanto faz? Não seja assim...
- assim como?
- assim, esnobe.
- eu não fui esnobe.
- tanto faz...
- te amo.
- tanto...(silêncio)
- alô?
- não vai nesse ônibus.
- eu tenho que ir...
- Eu não tive muito tempo. eu quero te mostrar que eu te...
- olha, apenas converse comigo essa uma hora, quero ir ouvindo o som da tua voz no ônibus, ok?
- ok.
- mas, e o filme?
- tanto faz...
- Ah, ok!
- ok?
- É. Meu ônibus passa daqui a uma hora, vou pra longe e nem deus sabe quando eu volto, mas tanto faz, isso é bobagem...continua ai vendo teu filme.
- Tanto faz? Não seja assim...
- assim como?
- assim, esnobe.
- eu não fui esnobe.
- tanto faz...
- te amo.
- tanto...(silêncio)
- alô?
- não vai nesse ônibus.
- eu tenho que ir...
- Eu não tive muito tempo. eu quero te mostrar que eu te...
- olha, apenas converse comigo essa uma hora, quero ir ouvindo o som da tua voz no ônibus, ok?
- ok.
- mas, e o filme?
- tanto faz...
terça-feira, 16 de junho de 2009
...
Acho que quando se tem muita coisa te fazendo feliz dá saudade das coisas que fazem sentir tristeza. Embora eu não queira tristeza, mas me acostumei tanto com ela que a felicidade, assim, tão completa, tão inteira, me dá um frio na barriga; e de certa forma uma melancolia, fico buscando coisas que me fazem tristes, remexendo em lembranças, mas não adianta.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Uma paranóica apaixonada viciada em nicotina
E na parede do meu quarto estão às marcas dos cigarros que não termino de fumar. Apago, assim como quem apaga um romance, quase que por obrigação, na metade do gosto amargo e no ápice da fumaça, que entraria nos meus pulmões, como um amor entraria no coração. Apago-os não por não querer terminar ele, mas por saber que o acendi com o único motivo de não ter o que fazer. Não. Distraio-me ao dizer isso, o certo seria saber que acendi pelo nervosismo que a tua ausência me causa. Isso é coisa de quem é conturbado, ninguém fuma duas carteiras de cigarro em 24 horas por uma pessoa, não por uma pessoa, mas pela ausência dela. Bom, eu fumo. Se os fumo pela metade, isso daria uma carteira por dia. O que ainda sim, é exagero. Por uma pessoa, é exagero. Mas tenho meus motivos, minhas explicações. Você me faz passar tempo demais contigo, faz com que, ao estar com você, eu esqueça a nicotina, seria algo como, “você é minha nicotina”, e assim, se tiram você dos meus braços, se você não se compadece ao me dar um telefonema e perguntar o que vamos fazer no outro dia, como sempre faz, como sempre fez, o que quer que faça? Ai, duas carteiras com cigarros fumados pela metade que resultam, na minha teoria, em uma carteira de cigarros fumados, não seria um exagero da minha parte, ainda mais se sabes que sou uma pessoa paranóica, como eu sei que você sabe, não sabe!? Essa ausência toda seria quase que um ultimato na minha cabeça, seria um término, seria como você apagar o seu cigarro pela metade, e usasse meu coração, em vez da sua parede. Quer que eu conte cada detalhe do meu dia sem você? Quem sabe assim você não se esquece de me dar noticias, mandar mensagens telepáticas, um carteiro até minha porta, ding dong, carta para mim. É, talvez você faça isso, ou quem sabe apenas fuja de mim. Prefiro acreditar que você vai se compadecer, quer dizer, ao menos é o certo pra quem diz que gosta tanto. Enfim, eu, hoje, abri meus olhos as , não, melhor começar da parte em que nos despedimos de noite, rola mais sentimentalismo, você lembraria-se de nós juntos, e quem sabe não é... Bom, você esperou o ônibus comigo às 22 horas e 10 minutos, o ônibus passou às 22 horas e 12 minutos, reclamei dos dois minutos de demora, mas não que eu quisesse ir embora, e te deixar ali, é por que estava frio, e você sabe, não saio de casa com muita roupa, mil casacos, lembro que você colocou a sua manta em mim, pra ver se me aquecia, lembro também que o que me aqueceu foi o seu abraço, longo, de alguns vários minutos, só nos desfizemos pelo adiantado da hora, e eu não poderia perder mais um ônibus. O ônibus parou, você me deu um beijo na boca, rápido beijo, um selo, e um eu te amo, esperou eu entrar no ônibus, e se foi. Minha paranóia começou nessa hora. Tentei avistar você da janela do ônibus, mas você não estava mais lá, parecia uma premonição, um significado, um tiro ao alvo da minha intuição, falei toda essa coisa de sobrenatural por que eu sempre te enxergava de dentro do ônibus, sempre. Cheguei em casa, fumei meio cigarro, apaguei na parede. Deitei na cama, assisti um filme, cuidei para não colocar o volume muito alto, caso você ligasse. O filme terminou, você não ligou, fumei outro meio cigarro, o que na minha teoria já era um cigarro inteiro, enterrei-me na cama, sua manta do meu lado, seu cheiro, me esquentava mais que as quatro cobertas em cima do meu corpo,nu. Adormeci logo, e ai partimos para os meus sonhos. Pularia essa parte da história se o sonho não tivesse a ver com você e a minha paranóia. Lá dentro de mim, no universo paralelo que eu tanto vou e que eu tanto gosto, você surgiu do além, se meteu num sonho e ai quando eu vi já havia abandonado todos do sonho anterior e estava ao seu lado, caminhando, depois esperando o ônibus, e era como se eu vivesse o dia de hoje, talvez o por isso da paranóia, mas você me dava o beijo, dizia o eu te amo, eu não te avistava da janela do ônibus, o dia de hoje, no sonho, era igual há muitos dias, meses, anos...evitou-me no primeiro dia, no segundo, passou um mês, dois, um ano...e eu já não sabia onde você estava, quem havia te roubado de mim? No sonho terminou assim, eu procurando você, você fugindo de mim, durante todo o resto da minha vida, que eu já não chamaria de vida, pois você bem sabe, sem você sou como um poeta sem a lua. Não haveria razão pra escrever. Não haveria razão pra eu viver. Lembro de ter despertado cedo, quer dizer, calculei que era cedo, pois na casa não havia movimentação humana nenhuma, levantaria, se você não tivesse me puxado ao sonho novamente. Eu fiquei ali, com a tua imagem paralisada no meu sonho e mesmo que abrisse os olhos ela continuava. Persistente, um massacre na alma essa tua imagem. Perdi a noção de tempo, fiquei na cama (e com a tua imagem), tua manta ainda do meu lado, até a hora do almoço, e como é feriado, o almoço tende sempre a ser mais tarde que o normal, eram 13h02min quando lavei meu rosto, contra vontade, meu corpo doía, minha cabeça pesava, e eu não tinha tomado porre nenhum, pensei ”foi a porrada do sonho, só pode” fumei meio cigarro, almocei, sem vontade também, embora tivesse lasanha. Ligou? Não. Respondeu meu pai, baixando a cabeça.Embora não goste de você, ele sabe o quanto eu gosto. Durante a tarde procurei um livro que estava, realmente, sedenta de vontade de ler. Fumei, como de costume, vários meios cigarros nesse período, não achei o livro e você não ligou. Lembro de ter tomado café, de ter pensado demais, de ter lembrado do sonho, e enquanto pensava, como de costume, em você, o telefone tocou. Não, não era você. Pelo menos pude chorar as pitangas com um amigo, e ele disse que era pra eu parar de viajar, que você gostava de mim, e blá blá blá. Desliguei o telefone me sentindo uma criança, quer dizer, uma idiota, por que na minha idade e na minha teoria,se sentir criança é sinônimo de se sentir idiota. Falei criança por que é menos pesado que idiota. 18 horas, já gastei o chão de tanto zanzar de um lado ao outro com um cigarro na mão. 19 horas, meu pai achou o livro, e você não ligou. Pelo menos matei a vontade de alguma coisa. 20 horas, fumei meio cigarro, e fui comer as sobras da lasanha. 21 horas, alguns meios cigarros até as 22 horas, por que pensei “você não vai deixar completar 24 horas de ausência”. Agora são 22 horas e 12 minutos. O telefone tocou. Passei 24 horas exatas numa paranóia doentia e você me vem falar “amor”? Claro que não falei isso, apenas pensei!
“Alô amor! Desculpar pela demora? Capaz, sabes bem que aprendi a lidar com a paranóia, não é? Também te amo. Muito, sim, muito...” E tem quem arrisque dizer que amor não mata. Pobre dos meus pulmões com esse amor. Não passo de uma paranóica apaixonada viciada em nicotina.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Palavras amorosas( embora não pareça), de inverno
(...)Por que a sensação de te perder me dá frio!? além desse frio do inverno, é um frio mortal, pensar nisso é como se me colocassem nua, no inicio de junho, em meio a nada esperando eu me congelar aos poucos e morrer! Morrer de frio deve ser horrivel.Viver sem você deve ser horrivel. Isso me dá medo...essas palavras: sem você, frio, morrer, sem você, sem você, sem você. É, ando com medo de morrer, você me dá medo de morrer(...)
sexta-feira, 22 de maio de 2009
“Não sei, até hoje não sei se o príncipe era um deles. Eu não podia saber, ele não falava. E, depois, ele não veio mais. eu dava um cavalo branco para ele, uma espada, dava um castelo e bruxas para ele matar, dava todas essas coisas e mais as que ele pedisse, fazia com a areia, com o sal, com as folhas dos coqueiros, com as cascas dos cocos, até com a minha carne eu construía um cavalo branco para aquele príncipe. mas ele não queria, acho que ele não queria, e eu não tive tempo de dizer que quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa, até um castelo.”
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
terça-feira, 19 de maio de 2009
O beijo na testa
Adormecido em meu colo, foi assim que ele se despediu de mim, um ultimo colo! Um ultimo sonho, eu ali, passando as mãos nos seus cabelos desajeitados sabendo do fim já anunciado, por mim. Ele colocou a música da Marketa antes de dormir, a qual ele sabia que eu ouvia todas as noites antes de dormir, foi assim que ele se despediu. Olhou-me, e se agarrou em mim debaixo das cobertas, e a música soava, me entregando o momento (...). Olhando para você dormindo, eu estou com o homem que amo, estou aqui sentado em prantos, enquanto que as horas passam tão lentamente e eu sei que pela manhã eu vou ter que deixar você ir e você será apenas um homem uma vez que eu usei para saber e, para estes últimos dias, alguém que eu não reconheço. Isso não é só culpa minha (...). Minhas mãos te apertaram, meus olhos umedeceram, e eu não deixei que você percebesse, eu passei a noite acordada esperando sentir seu coração dormir, desfiz seu abraço, peguei minha manta e coloquei a minha calça de jeans, e de recordação, vesti um casaco seu. Dei-lhe um beijo na testa, deixando cair sobre seus olhos uma lagrima, e no espelho do banheiro escrevi com o meu batom vermelho, que você adorava ficar marcado, ' e quando eu ficar realmente sozinha, penso em você sorrindo'. Deixei prá trás a história inacabada mais linda que já vivi, por necessidade, de guardar dentro de mim você.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Com pedaços de chocolate pela sala, uma coca-cola sem gás na geladeira, louça na pia esperando, e no quarto, dois corpos se aquecendo ouvindo muse durante todo o feriado. Da boca dela, ao ouvido do ser amado soa-se um eu te amo, sussurrado, acanhado, da boca do ser amado ela sente o beijo. Do beijo dela o ser amado abraça do abraço do ser amado ela ama. Do ser amado e dela exala o amor. Aquele que ela lia todas as manhãs na coluna da colunista mais chata do jornal, mas que ela lia, por que amor, quando não se tem, é chato. Quanto se tem, é amor.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Por nós
Em noites
tardes
dias
24 horas
choros e sorrisos
cafés da manhã e almoço com briga
jantar pastel
café no inverno
abraços
beijos
saudade
amor de tempos
amor sorrateiro
amor companheiro
amor amigo amor
já crescemos
já ficamos em casa num sábado a noite
e já não fumamos tantos cigarros como antes
voa tempo
na conversa ao telefone
tua voz fala comigo com a mesma intimidade
e nossas conversas ainda são as mesmas
com algo a acrescentar
mas as mesmas.
Por nós
saudade saudade saudade saudade saudade...
tardes
dias
24 horas
choros e sorrisos
cafés da manhã e almoço com briga
jantar pastel
café no inverno
abraços
beijos
saudade
amor de tempos
amor sorrateiro
amor companheiro
amor amigo amor
já crescemos
já ficamos em casa num sábado a noite
e já não fumamos tantos cigarros como antes
voa tempo
na conversa ao telefone
tua voz fala comigo com a mesma intimidade
e nossas conversas ainda são as mesmas
com algo a acrescentar
mas as mesmas.
Por nós
saudade saudade saudade saudade saudade...
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Julia - Luisa Mandou um Beijo
Acorde tarde, Julia
Você nunca se lembra
Acorde tarde, Julia
Você nunca se lembra
Que um dia eu vou chegar
Trazendo-lhe o sol
Estamapado na camisa
E uma luneta de montar
Pra contar estrelas de manhã
Pra contar estrelas
Pra contar estrelas de manhã
Pra contar estrelas
Cigarro aceso entre seus dedos
Olhar de resignação
Tu sabes que um dia eu vou partir
Achei essa banda muito legal. Interessante. As letras são tão doces...
quinta-feira, 9 de abril de 2009
A ladra
Hoje eu roubei a alma de uma borboleta branca. Eu sei roubar almas não é um hobby normal, mas eu não consigo, quando eu vejo, já roubei alguma. Acha que eu não fico com peso na consciência depois!? Fico, lógico que fico! Mas me é tão prazeroso fazer alguma coisa por mim, tão por mim, só por mim. Roubar almas é assim, eu não posso dividir uma alma com alguém, almas são únicas, algumas até raras, já vi almas de todos os tipos. Você quer saber como tudo começou, não é? Não tenha medo, chega mais perto! Isso, assim está ótimo. Como tudo começou!? Pois bem, eu sempre fui muito agitada, sabe! Não tinha paciência pra cuidar de mim. Cuidava dos outros, mas de mim, de mim eu esquecia; e foi então que conheci as almas. Era inverno, julho, se não me engano, novamente eu pensava nele, demais, e acabei fazendo isso durante todo o verão, outono, e o inverno seria mais 30 dias dessa nostalgia que já havia feito casa dentro do meu corpo, foi então que por mim passou uma jovem de cabelos negros, curtos, caminhava rápido, e sorria muito, e eu não conseguia entender como ela podia sorrir enquanto outros sofriam, aquela felicidade me incomodava, me enojava, ela passou rapidamente, e me olhou profundamente nos olhos, com aquele sorriso estampado na cara redonda dela, esses segundos de olho no olho, foram eles os culpados, eu vi a alma ali, tão linda, ela tinha cor de pêssego, eu juro que podia ate tocá-la de tão vibrante que ela me apareceu, e então a moça da cara redonda baixou os olhos e correu. O que eu fiz, e como eu fiz eu não sei, nunca lembro. Só sei que me vi com alma cor de pêssego em minhas mãos, suadas. Eu não sabia o que fazer com aquilo, o cheiro que vinha dela era tão bom, era doce, que eu corri para casa, com ela escondida dentro da minha jaqueta de jeans, o aroma invadiu a casa inteira. Coloquei a dita cuja dentro da minha gaveta de meias.Deitei tentando entender o que havia acontecido, o que eu havia feito!? Pensei por um bom tempo, pensei em devolver a alma pra moça, mas não...a alma veio até mim, isso eu senti. Devolver seria um sinal de fracasso, mais uma vez! Dormi. Acordei. Feliz, como se alguém tivesse passado as mãos em meus cabelos a noite inteira, entende o que quero dizer? Fui até a gaveta, puxei, e não encontrei. A minha primeira alma estava dentro de mim, me renovando. Desde desse dia, roubar alma das pessoas se tornou tão necessário pra mim quanto comer, beber, ir ao banheiro. Você pode passar a vida deitado em sua cama, sentindo dor, ou apenas fingindo, fingindo sentir dor por não ter coragem de colocar a cara pra fora e respirar fundo as vidas que vivem enquanto você dorme, e se você sair da toca, jogar o corpo pra fora, você encontrara almas vivas, não mortas como a sua. Eu estava assim, levantava da cama pra atender ao telefone e dizer que não havia ninguém em casa, pobre do coitado que estava do outro lado da linha, sentiu meu desprezo. Quanto às almas, me fizeram muito bem. Eu sei, é egoísmo da minha parte deixar pessoas, coisas, vivas, sem alma... como elas vivem, como estão, isso eu não sei, sei que me fazem bem. E é isso que me importa agora, meu bem.A ultima foi a borboleta branca. Branco na minha teoria insignificante me soa eternidade, que coisa idiota isso, eternidade, mas enfim. Ela passou por mim, as 23 horas de um sábado. Roubei, mas tenho a impressão de que ela foi a ultima. Borboletas morrem em 24 horas. Não pensei nisso na hora em que roubei. Pensei quando cheguei em casa, ai sim, tentei vomitar ela, clamei por santo Antonio, e chorei. Ela estava em mim, e não havia fé vinda em ultima hora que fizesse isso mudar. Eu tinha 24 horas, asas nas costas e ninguém do meu lado. A ultima alma se vingou, quem sabe é isso. Escrevi isso nas ultimas horas. A Eternidade me comeu.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Da minha/tua loucura...
...da fumaça do cigarro, da lua exibida, do olho amarelo do meu gato preto, do cheiro da gola da tua blusa, do beijo molhado, do suor do teu pescoço, do gosto da lagrima, da minha mão rasgando o travesseiro, da recusa de caricias sobre meu corpo de quem eu não conheço, do café com poesia, da música escolhida, da minha calma (mais calma), do pedaço de amor que eu provei, do gole de cerveja, dos ciúmes, da provocação, da birra, do verão, do inverno, outono e primavera, do lírio, do cinema, do convite, do medo (de não ter medo), da liberdade, da paixão, do sussurro ao pé do ouvido, da mordida na bochecha, do telefone, das horas, das madrugadas, da desconfiança, da insegurança, das palavras não ditas (que no final, sempre são ditas), das confissões de adolescente, do amor amadurecendo (e doendo), das voltas (muitas), do destino, da casualidade, dos pensamentos (transmitidos, que assustam), da inteligência, dos livros, do Caio e da Clarice, da cozinha e da cena de cinema, dos olhares maldosos, dos mesmos, apaixonados, dos amores passados (sofridos), da aflição de não saber, do querer e não querer, dos abandonos, dos amores passageiros (bons, mas passa.li.geiro). E voltamos, eis ai - Do porque que eu te amo.
terça-feira, 31 de março de 2009
Amigos, amores, amigos.
Sem ninguém
De todos eles só me restaram
As lembranças dentro da minha caixinha de jóias
Hoje eu caminho sobre a areia
Da praia que me abraçou
Eu sinto a falta deles
E das promessas
Mas eu caminho sorrindo
Agora.
E essa saudade lambe meu rosto todas as manhãs
E eu sorrio,
E cada sorriso é pra cada um deles
daqueles meus
meus pra sempre.
E até o dia em que eu voltar
E durante cada passo meu nessas areias
E cada pessoa que eu conhecer
Eu vou lembrar deles.
Eu querer eles
Eu vou falar deles.
Por que posso ir sozinha de corpo
Mas de espirito , isso eu sei que não
Carrego cada um deles
Dentro do meu coração
Eternamente
Meus.
De todos eles só me restaram
As lembranças dentro da minha caixinha de jóias
Hoje eu caminho sobre a areia
Da praia que me abraçou
Eu sinto a falta deles
E das promessas
Mas eu caminho sorrindo
Agora.
E essa saudade lambe meu rosto todas as manhãs
E eu sorrio,
E cada sorriso é pra cada um deles
daqueles meus
meus pra sempre.
E até o dia em que eu voltar
E durante cada passo meu nessas areias
E cada pessoa que eu conhecer
Eu vou lembrar deles.
Eu querer eles
Eu vou falar deles.
Por que posso ir sozinha de corpo
Mas de espirito , isso eu sei que não
Carrego cada um deles
Dentro do meu coração
Eternamente
Meus.
sábado, 28 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
E na chuva
Você foi a pessoa que eu mais sentir ser minha
Já faz tempo que eu não vejo você
Nem sei mesmo se continua fazendo o que fazia
Ou comendo sopa de madrugada
Se joga carta até tarde
E vê o sol nascer.
Hoje chove
E chuva sempre me fez lembrar você
Me pego com a tua imagem em minhas mãos em dias de chuva
E não sei por que
Elas surgem ao lado do meu travesseiro enquanto tento dormir
Ficam do meu lado
Aos meus olhares saudosos
Nostálgicos.
Eu senti seu sabor em uma tragada de cigarro
Eu senti seu abraço nos braços de um amigo.
Depois de tanto tempo
Tanto tempo...
Você faz parte da minha vida
E eu não sei rasgar tua imagem dentro de mim.
Mas também não sei dizer, volta.
Já faz tempo que eu não vejo você
Nem sei mesmo se continua fazendo o que fazia
Ou comendo sopa de madrugada
Se joga carta até tarde
E vê o sol nascer.
Hoje chove
E chuva sempre me fez lembrar você
Me pego com a tua imagem em minhas mãos em dias de chuva
E não sei por que
Elas surgem ao lado do meu travesseiro enquanto tento dormir
Ficam do meu lado
Aos meus olhares saudosos
Nostálgicos.
Eu senti seu sabor em uma tragada de cigarro
Eu senti seu abraço nos braços de um amigo.
Depois de tanto tempo
Tanto tempo...
Você faz parte da minha vida
E eu não sei rasgar tua imagem dentro de mim.
Mas também não sei dizer, volta.
domingo, 22 de março de 2009
Queria queria queria(...)
Meu bem não vá embora não, fique acordado e dance mais essa musica comigo. Ao menos me faça companhia, me acompanhe no café da manhã, deixe eu te acordar com um beijo no rosto, e palavras doces. Passe a tarde comigo em casa debaixo dos lençóis brancos da minha cama, assistindo um filme, escutando meu coração, passe a madrugada comigo jogando carta, amor, ou quem sabe jogados na grama do quintal fumando um cigarro, olhando o céu...eu sempre quis você do meu lado nesses dias, eu sempre quis você do meu lado dessa forma, assim, tão do meu lado. Queria a tua companhia 24 horas por dia, queria nossas coisas pelo chão, tua voz, queria as nossas brincadeiras, teus beijos, tuas mãos, queria você. Ta tudo vazio sem você, me chama, amor, me liga, me procura, não me abandona de novo, eu caio, eu perco.eu desabo.Queria.queria.queria.queria quer...
sexta-feira, 20 de março de 2009
Mal te quero
Eu perdi alguma coisa na manhã passada que eu não consigo encontrar de jeito nenhum, não é algo que me doa por ter perdido, mas me faz falta, uma pequena, uma quase imperceptível falta, não quero encontrar, procurei até por um tempo, acho que por umas duas horas isso se fez importante no meu dia, mas cansei muito rápido de procurar, e então com o corpo suado me joguei no sofá, tentando recordar algo que eu não sabia por onde começar. Mas foi uma euforia quando descobri que eu tinha tanta felicidade e tantos sorrisos guardados dentro de mim, e os libertei ali mesmo, jogada no sofá ouvindo musicas da Blitz e tomando café (...). Eu sonhei com ela a noite, mas não foi sonho bom, nem foi sonho ruim, foi um sonho indiferente, acordei achando ela a mesma inútil de sempre. Ela não me deus bons momentos, nem beijos cinematográficos, nem companhias agradáveis no café bar que eu tanto gosto de ir. Ela não me escreveu poesias e nem mesmo gostava de ler as minhas, não me levava na aula, e não fazia questão de freqüentar a minha casa. Ela nem mesmo gostava da lua, do por do sol, das nuvens, de filosofar em grupo, não sabia apreciar uma boa música, ou quem sabe uma boa comida num restaurante melhor, ela chorava quando bebia, e tinha cheiro de shampoo, fumava cigarro barato e tinha as unhas mal cuidadas, ela não falava de sentimentos, e tinha a face obscura, triste, perversa, solitária. Ela não me olhava nos olhos, e por isso, não sei que cor eles tinham. Ela me tratava como quais a tratavam, com mil pedras nas mãos e nenhum sentimento no coração. Ela não aceitou o fim. Mas ai eu tive que dizer minha querida, eu não dou a mínima e desliguei o telefone.
domingo, 15 de março de 2009
És meu tudo
Eu já não sei ser outra coisa
senão os braços
que te seguram
sempre que você cai,
protejo-te da queda
direta sobre o chão.
És meu tudo,
eu perco as horas,
eu esqueço do mundo,
eu esqueço de mim,
eu esqueço de te esquecer.
Eu passo os dias de pijama,
fumando
e caminhando pela casa
a cada briga nossa.
Ah se tu soubesse
da dimensão desse meu amor
se tu soubesse... meu amor.
Eu olho pro mundo
e não vejo nada
eu só quero te mostrar
que linda a tua vida
pode ser do lado da minha.
Não sei ser eu com você
não sei ser eu sem você.
Não sei mais ser eu.
senão os braços
que te seguram
sempre que você cai,
protejo-te da queda
direta sobre o chão.
És meu tudo,
eu perco as horas,
eu esqueço do mundo,
eu esqueço de mim,
eu esqueço de te esquecer.
Eu passo os dias de pijama,
fumando
e caminhando pela casa
a cada briga nossa.
Ah se tu soubesse
da dimensão desse meu amor
se tu soubesse... meu amor.
Eu olho pro mundo
e não vejo nada
eu só quero te mostrar
que linda a tua vida
pode ser do lado da minha.
Não sei ser eu com você
não sei ser eu sem você.
Não sei mais ser eu.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Viajando
Pra que mundo vocês tão me levando?
pra onde vocês me levam que me deixa tão calma?
flutue
flutue
sinto minhas pernas descansando em nuvens
deixando o corpo guiar-se sozinho por aqui.
Parece não haver preocupações
e nem mesmo parece haver tempo
eu me agarro em flores secas no exato momento que elas caem
a tua procura numa rua escura
enquanto tento manter aberto os olhos que você insiste em fechar
voe comigo
estamos longe de tudo
sobrevoando campos de margaridas alimentando-se do sol
assim como podemos fazer
voe comigo
feche meus olho com as tuas mãos macias
me ame durante a nossa liberdade.
Nós
Os gritos parecem voltar
meus olhos soltam as lagrimas
e meu orgulho as manda embora
quando eu tinha sete anos
eu tocava violão
e ganhava um beijo de chegada
vocês me amavam
não amavam?
por que não me beijam mais?
sou eu
sou eu
por favor
não gritem!
Eu vi tudo
Eu vou na velocidade do tempo
sobre as marcas
na sua estrada cheia de dor e alegria...
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Depois do tempo
- e...tu me acalenta, é estranho...mas me sinto bem falando contigo.
- deve ser porque gosto tanto de ti...
- coisas assim que eu preciso ouvir, ler...enfim! gosta mesmo?
- gosto mais do que devia
- e devia ser quanto esse gostar?
- devia ser um gostar ingênuo de uma amizade
- e é um gostar ingênuo mas não de amizade?
- é, não de amizade...
- é mais...
- mais...?
- sim, mais que amizade... é que eu sinto vontades..
- de me ter perto?
- sim, tu entendeu...
- sim, tu fala isso sempre que a gente conversa, mas eu finjo sempre n entender. mas eu, hoje, entendi,
- é, eu percebi... hoje entendeu?
- entendi!
- só hoje?
- eu já tinha entendido antes, mas eu aceitei hoje.
- aceitou porque, mari?
- Por que? eu não sei direito, você me dá o que as pessoas com que me relaciono não me dão. carinho, palavras bonitas, declarações aquela coisa do tipo - você é tão linda! ou o olhar. e eu notei isso só agora. lembrando de como tu me olhava, como tu falava, como tu gostava de mim...tu pode me achar uma idiota agora, mas é isso que eu to sentindo, sinceramente, me veio tudo isso na cabeça agora, que nem um filme, cena por cena.
- não estou te achando uma idiota, só que eu... sei lá o que dizer...
- Não precisa dizer nada! eu que precisava dizer tudo.
- aai aai *suspiro*
- mudando de assunto...já leu pássaro azul do Bukowski?
- deve ser porque gosto tanto de ti...
- coisas assim que eu preciso ouvir, ler...enfim! gosta mesmo?
- gosto mais do que devia
- e devia ser quanto esse gostar?
- devia ser um gostar ingênuo de uma amizade
- e é um gostar ingênuo mas não de amizade?
- é, não de amizade...
- é mais...
- mais...?
- sim, mais que amizade... é que eu sinto vontades..
- de me ter perto?
- sim, tu entendeu...
- sim, tu fala isso sempre que a gente conversa, mas eu finjo sempre n entender. mas eu, hoje, entendi,
- é, eu percebi... hoje entendeu?
- entendi!
- só hoje?
- eu já tinha entendido antes, mas eu aceitei hoje.
- aceitou porque, mari?
- Por que? eu não sei direito, você me dá o que as pessoas com que me relaciono não me dão. carinho, palavras bonitas, declarações aquela coisa do tipo - você é tão linda! ou o olhar. e eu notei isso só agora. lembrando de como tu me olhava, como tu falava, como tu gostava de mim...tu pode me achar uma idiota agora, mas é isso que eu to sentindo, sinceramente, me veio tudo isso na cabeça agora, que nem um filme, cena por cena.
- não estou te achando uma idiota, só que eu... sei lá o que dizer...
- Não precisa dizer nada! eu que precisava dizer tudo.
- aai aai *suspiro*
- mudando de assunto...já leu pássaro azul do Bukowski?
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Resposta. Te amo.
Eu sinto cá dentro de mim toda essa vida que você tanto fala que vou abandonar. Toda a minha beleza e toda a minha luz, meu amor, permacem ali, crescendo, desde o dia que você me viu chegar ao mundo. As escolhas que faço agora são as mesmas que você fez, certas ou erradas você fez, querer me fazer entender, querer me proteger, eu entendo os teus braços não querendo me soltar, mas você viveu e aprendeu, se me segurar, como vou entender? como vou aprender? como vou ver se é errado, se é certo se eu não tirar as minhas conclusões? como vou poder dizer sem nunca ter visto ou vivenciado?Tenho que fazer isso sozinha. Os caminhos que escolho agora me fazem feliz, não é felicidade falsa não, é felicidade plena. Sei que é um caminho arduo, dificil, mas sei também que tenho você para me apoiar, por que sei que o que importa pra você é o meu sorriso, verdadeiro. Na vida existem essas dores, essas desilusões, assim como você as teve, eu terei. Você vai se desgastar tentanto me mostrar o caminho que quer que eu siga, vou seguir o meu. Dos meus sentimentos somente eu posso saber, e mesmo que desnecessario te dizer, estou feliz e seria mais ainda com você enxergando isso. E o futuro, há de ter tanta coisa boa pra mim nele. Eu sou a mesma pessoa, a mesma menina com aqueles sonhos, sou aquela que tem os olhinhos de jabuticaba e a boquinha de cereja, sou eu. O meu brilho apenas seus olhos não querem enxergar mais. Meu palco tem cheiro de felicidade e minha estrada é infinita, a mão que me falta agora é só a sua. Pense...
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Começou sem ter por que começar.
- Por que me trouxe pra cá? Já vou embora.
- Por que tu precisa dizer tudo que tu sente por mim.
- isso é golpe baixo, você sabe que depois de algumas vodkas ela começam a vir acompanhadas de verdades.
- Estamos todos assim hoje.
- Não tenho nada pra dizer.
- Fala!
- Falar o que? O que toda essa cidade mediocre já sabe!? que eu o amo mais que a mim, que eu não consigo esquecer o teu cheiro, as palavras e que me dói tanto ter que conviver ao teu lado todos os dias, todos dias, pra pelo menos ver, fingir estar feliz por você estar feliz!? é isso?
- Eu não sabia disso!
- Não faz isso comigo agora, não diga que não sabia. Por que me dói saber que eu te amei demais a ponto de nem você perceber.
- Por que tu nunca me disse isso? Por que deixou tudo acabar?
- Ia acabar. Você estava comigo por estar. Eu era indiferente. Começou sem ter por que começar e eu me entreguei sem querer, sem saber.
- Mas ninguém é capaz de saber de quem tu gosta, quem tu ama, em quem tu pensa.
- Eu não penso mais em ninguém, eu não amo mais ninguém, eu não sinto mais nada por ninguém.
- Sabe que não é verdade...
- e você sabe que é. O amor acontece uma vez na vida. Você ama, ama...e ama. e quando acaba, você busca outro amor, que substitua. Mas amor é impossivel de ser substituido. Eu tive o azar de conhecer você, e de você ser o meu unico amor. Mas não me lamento, só sei que virão pessoas, outros homens, vão me amar, mas ai eu direi: eu já amei. eu sou morta para o amor. Já dei todo o meu pra uma só pessoa.
- Como sabe que não vou voltar pra ti?
- Por que eu não fui o seu unico amor.
- E como a gente fica?
- A gente não fica. Isso é um Adeus.
- E a nossa amizade?
- amizade não acaba.
- então por que Adeus?
- Por que eu não vou mais te ver. Por que eu vou embora deflorar o mundo, já que amor eu ja tive.
- Quando vou te ver de novo?
- Daqui uns 15 anos, quem sabe ou talvez nunca...
- E como vou saber se esta bem?
- Sinta! Agora vem cá, me dê um ultimo beijo. Meu táxi ta chegando.
- você é a mulher mais complicada que eu já conheci.
- Eu sei!* sorriso de canto de boca* Adeus.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
O tal de encontro ideal
Abra a porta,
diga um olá
três beijinhos para casar
agora procure um lugar para sentar
sente-se
cruze as pernas
se estiver de saia ou vestido tenha cuidado
espere que ele comece um assunto
concorde com tudo
tome um licor em vez de whisky
não fume a não ser que ele fume
sorria
ache graça aonde não tem graça
seja delicada
jantem
não repita
vá ao banheiro
retoque a maquilagem
não demore muito
saia!
sente-se de novo
ele vai colocar uma musica
te convidar para ir ao quarto dele
não gema demais
não grite
e faça tudo que ele mandar
depois disso ele vai te ligar
ver que você é uma boa moça
vão casar
ele vai ter um caso com a secretaria
e você vai continuar a fingir que é feliz.
ou você pode conhecer o cara na noite passada
ir pra casa dele na noite seguinte
a transa começa na escada do apartamento dele
ele abre a porta desesperadamente enquanto você tenta desabotoar as calças lee dele
risadas histericas silenciosas
para que nenhuma viuva do predio acorde
bata a porta
arraste ele até o sofa
jogue-o ali
abra a janela
abra uma cerveja
faça um strip
solte os cabelos
coloque a musica mais sexy que encontrar ali
tome conta da transa
transe
gema
grite
no final
coloque uma camiseta dele
e acenda um cigarro!
Vocês vão ficar nessas por um ano
vão namorar por uns 3 anos
vão terminar
transar com outros
vão voltar
Vão se juntar
sair
dançar
beber
fumar
rir
ter filhos
ir no circo
cinema
vocês vão transar todas as noites
e cada vez mais gostoso
e ele nunca vai ter um caso com a secretaria.
sábado, 31 de janeiro de 2009
Essas descobertas
Esses dias, escovando os dentes, achei uma pintinha no meu ombro esquerdo. Parece bobagem, tudo bem, é bobagem, mas eu fiquei refletindo que a cada dia a gente descobre alguma coisa sobre nós mesmo, nem que seja uma pinta nunca reparada. Algo parecido acontece no amor, sabe aquilo quando estamos amando. Pode ser muito tempo, pode ser pouco tempo, mas descobrimos cada coisinha na pessoa que a gente gosta, sabemos exatamente o lugar de cada pintinha, e com o tempo essas coisas vão se tornando mais gostosas, aquela pessoa passa a fazer parte da tua vida, como uma pintinha que só foi reparada 18 anos depois, mas que agora que você sabe exatamente onde ela está, é impossível não reparar, e seria estranho se ver sem. Pois assim é quando amamos. As conversas, a convivência, os beijos, a dor de estar longe nem que seja por um segundo, e o tempo que parece parar quanto se está perto. As brigas, talvez a coisa mais bizarra porem essencial no amor, é uma forma de provar o quanto você gosta. Ultimamente eu tenho descoberto coisas em mim que jamais eu pensei que eu pudesse ter, eu jamais pensei ter dor de pensar em perder, eu jamais pensei ter dor de ficar longe, eu jamais pensei em conseguir esquecer amores antigos, e eu jamais pensei que tinha uma pinta no ombro esquerdo. E hoje, junto com a pinta, eu descobri que eu te amo e que seria doloroso demais viver sem teu sorriso.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Vocês me ouvem?
Posso sair sem você me procurar?
posso me soltar das tuas mãos
e ser livre um pouco?
nunca quis tanto ser sozinha como agora
posso mãe?
posso pai?
posso fugir,
abrir a porta, dizer adeus, e voltar depois de alguns anos?
até eu desejar voltar?
posso não ligar, amigos?
posso não me preocupar com o problema de vocês?
eu quero te amar
mas não agora babe
posso meu amor?
podemos deixar pra depois tudo isso?
eu só queria ser sozinha
agora
fugir dos outros
correr
correr
correr
solta...pra um lugar distante de todos que se preocupam demais comigo.
eu já ouvi demais
e ninguém me ouve
vocês me ouvem?
por acaso ouvem?
preciso de um tempo
preciso de um tempo
preciso de um tempo
sozinha
fica combinado assim.
eu já resolvi demais a vida dos outros
posso resolver a minha?
não! não preciso da sua permissão.
Adeus
Adeus
Adeus
Eu quero ser sozinha
Você realmente pensa que sabe o que sente?
você acha que sabe
você acha que é feliz rapaz?
você, moça, acha que é feliz por que ganhou um
beijo do playboy do colégio?
mas você só acha
já se perguntou se era realmente isso que te deixa feliz?
somos todos necessitados
catando problemas aonde não tem
mas qual é a realidade disso tudo?
por que?
por que não podemos viver, como numa canção pop
caminhar por ai
num dia frio,
meio clipe de coldplay
meio fundo musical nonsense
eu queria saber viver
com um maço de cigarro
e um par de tênis
sem sentimento
pra que pudesse andar por ai
sem pensar em nada
caminhar
caminhar
o problema esta
nos sentimentos
quanto tempo você vai levar pra descobrir isso?
quanto tempo mais?
de quanto mais você precisa
pra seguir o teu caminho e deixar o meu
e entender que sentimentos atrapalham
atrapalham
deixar eu só
só
quanto tempo você vai precisar pra se mandar da minha rua? dos meus amigos? do meu espaço? da minha familia?
eu não pretendia
mas vá
por favor
vá
por favor vá
vá
por favor...por favor...vá!
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Isso não é para ser triste. Presa aos 17 anos.
Eu poderia passar toda a minha inútil vida correndo atrás de você, muita gente faz isso. Eu poderia passar todos os dias de todos os anos em que ficaremos( e ficaremos) longe trancada em casa esperando você ligar, ou aparecer, mandar quem sabe um recado telepatico me convidando pra sair, jogar carta no chão da sua casa, fumando milhões de cigarros e reclamando da falta deles no inicio da manhã. Sabe, coisas desse tipo tem muita gente que faz, mas há, isso não combina comigo( e nem com você). Eu prefiro passar a minha vida assim, desse jeito que estou, caçando amores, achando amores, sempre precisei disso...e eu sempre soube que você não me daria o que eu queria. Sim, eu sempre soube. Estavamos juntos, nada sério, mas foram os meses mais empolgantes que eu vivi até agora. É triste, realmente triste, que eu tenha encontrado o amor tão cedo, por que perto de qualquer outra aventura do genero que eu tiver, qualquer uma será apenas mais uma, nenhuma tão empolgante, nenhum vai dar a risada frenética que você deu quando eu falei numa madrugada que estamos nos alimentando muito bem com a sua maravilhosa sopa de cenoura desidratada comprada pré-pronta no mercado. Eu terei casos sérios aos meus vinte e poucos anos, sei disso, e também sei que serei feliz, mas não, nenhum caso será tão intenso quanto ao que eu tive aos meus 17 anos. O infelicidade do destino fazer eu me perder aos 17 anos, logo aos 17 anos. Vou vivendo de tentativas de romances, mas serão tentativas, você deixou seu nome marcado a ferro quente dentro de mim. Mas a minha vida toda esperando por você, há não. Não sou mulher disso. Sou mulher de lembranças. Da noite. Da vida.De eternas tentativas de amores insaciaveis. Mas vá, quem sabe numa dessas eu ache um que me sacie, como você conseguiu, calado. Isso não é pra ser triste, e nem quero que as pessoas a sua volta sintam pena ou me achem idiota quando você, porventura, mostrar isso num dia qualquer, eu apenas quero escrever sobre você, pra você. Dizer que ainda não sei se te agradeço, ou se te desprezo por ter me mostrado precocemente o amor. Dizer que sou melancolicamente feliz. Caricia no rosto, e um beijo na testa, como antigamente, da sua.
domingo, 18 de janeiro de 2009
Por querer
Durante uma chuva forte em um dia de verão a menina chorou. A chuva não era normal, nem o choro da menina. Caiam lagrimas ao mesmo som da água que vinha do céu, eram lagrimas de uma dor guardada há tempos, vindas do coração machucado e receoso de ser feliz. A menina chorava pela sua mãe, a menina chorava pelo seu pai, a menina chorava pelos seus irmãos, a menina chorava, não por ela, mas por eles. A menina era grande, sabida, mas a menina chorava pelos tempos que nunca passaram, a menina chorava pelas vidas cortadas, a menina chorou pelo seu pai e pelas promessas que ele ouvia da boca da mulher amada, onde ingênuo, ele acreditava. A menina chorou pelo cansaço de sofrer, mesmo calada e com um sorriso na boca. Chorou por guardar lagrimas demais depois de anos de palavras duras ouvidas da boca da mulher que lhe deu a luz. A menina chorou por querer viver em paz. Por querer demais. Por querer.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Amor que não se esquece
Jura amigo meu
o passado fez caminhos em nós
que ninguém é capaz de conhecer
sou triste
e sou feliz
sou eu quando te tenho do meu lado
e sou eu quando
falo baixo no seu ouvido
que te amo
são caminhos
rastros
pólvora de amor
espalhadas em todos os cantos do nosso corpo
e eu não sei o que fazer com todo esse amor nas mãos
eu não sei
pensei que jogaria ele pra cima
e assim ele sumisse
mas não
to com as mãos carregas
ele sempre volta
e eu não sei o que fazer.
o passado fez caminhos em nós
que ninguém é capaz de conhecer
sou triste
e sou feliz
sou eu quando te tenho do meu lado
e sou eu quando
falo baixo no seu ouvido
que te amo
são caminhos
rastros
pólvora de amor
espalhadas em todos os cantos do nosso corpo
e eu não sei o que fazer com todo esse amor nas mãos
eu não sei
pensei que jogaria ele pra cima
e assim ele sumisse
mas não
to com as mãos carregas
ele sempre volta
e eu não sei o que fazer.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
resquícios da noite passada
Entre pedidos de união e versos soltos da boca de pessoas que nem ao menos conheço, entre sorrisos, palavras complexas, frases feitas, eu sinto falta do nosso silencio e das nossas noites, dias, madrugadas a dentro sem fazer nada, sorrindo um para o outro falando coisas, apenas coisas.
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