Cantalorando e sem tirar aquele sorriso sarcastico da boca, pegava as coisas dançando, e rindo ( do que é que não se sabe direito), arrastou a mesa até a varanda, mas arrastou mesmo, pra que todos ouvissem aquele barulho terrivel e todos acordassem, e seu riso aumentava a cada reclamação que levava, e quando isso acontecia, era tomado de uma sensação estranhemente boa, aquela sensação que uma criança sente quando faz alguma coisa de errado, e continua a fazer justamente por ser errado. Sentou na cadeira, e mesmo a varanda sendo minuscula, ele sentou-se ali, e tomou seu café da manhã como se fosse o ultimo a tomar. Tomava com uma felicidade nunca existida em seu corpo em anos. Enquanto tomava café, a campainha tocou:
- Bom dia Senhor, vim lhe trazer uma carta.
- Hum. disse ele - uma carta.
- Sim senhor, uma carta.
- E posso saber quem que mandou essa maldita carta bem na hora da minha refeição matinal?
- É...é... é só o senhor assinar aqui que poderá pegar a carta. respondeu o carteito sem jeito
- Assinar? e como vou saber que você não vai usar a minha assinatura para alguma coisa???? Não assinarei, e quer saber, saia daqui. Não quero carta, nenhuma.
2 comentários:
falei que a primeira parte não precisava do resto e falo o mesmo da segunda... muito boa essa parte do conto! situação simples mas muito bem discrita... queria conseguir fazer isso também.
Mariana!
Tá escrevendo bem, menina! Orgulho
meu!
Beijos!
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