Eu gostaria de ser uma pessoa porra louca, nada me afeta, nada me importa, mas devido a circunstâncias das quais eu não tenho conhecimento, me tornei esse ser passional, preenchida de sentimentos, tudo me afeta, tudo me importa.
Eu choro quando ouço uma musica mais sentimental, sem nem mesmo saber por que, sem mesmo saber o que dói, por que dói, às vezes, nem dói, mas eu choro.
Minha irmã esses dias me falou, "Mana, tu é muito romântica, né?" paralisei na resposta, por que assim, de fato, nunca achei que eu fosse uma pessoa romântica, foi então que me deparei com essa suposição, e cena por cena fui juntando as coisas das quais eu mais gosto, e surpreendi-me com um ser extremamente romântico, sofredor, sensível... um bicho medroso, nada, nada daquela aparência forte que eu tento transparecer, tenho medo do toque, e me coloco dentro de m vidro, afastando todos de mim para que não vejam esse lado frágil, uma pessoa frágil é bem mais fácil de ser atingida, mas nunca adiantou, sempre fui atingida, mesmo que com o menor dos toques, e eu sempre vou lembrar deles, por menores que eles tenham sido.
Minhas loucuras devêm de uma fuga daquilo que eu tenho receio de ser. Não posso controlar nada, nem mesmo a mim. Minhas dores são inefáveis, nem eu as conheço. Por um momento eu pensei que pudesse ser humano mais solitário do mundo, foi quando recebi ligações dos meus melhores amigos, quase que assim, num aviso, posso não te ver muito, mas você é importante, portanto, perdure aqui conosco, precisamos de você, nem que seja pra ficarmos um do lado do outro num silêncio invasor olhando o sol se pôr. E eu me senti feliz. Eu descobri que sou feliz, e que na banalidade da frase, eu tenho muito que comemorar nesse ano que passou.
Tentarei postar um conto novo amanhã, ainda, sim, na depressão da minha veia literária.
Para todos que acompanham meu blog, um feliz 2010!