Esses dias, escovando os dentes, achei uma pintinha no meu ombro esquerdo. Parece bobagem, tudo bem, é bobagem, mas eu fiquei refletindo que a cada dia a gente descobre alguma coisa sobre nós mesmo, nem que seja uma pinta nunca reparada. Algo parecido acontece no amor, sabe aquilo quando estamos amando. Pode ser muito tempo, pode ser pouco tempo, mas descobrimos cada coisinha na pessoa que a gente gosta, sabemos exatamente o lugar de cada pintinha, e com o tempo essas coisas vão se tornando mais gostosas, aquela pessoa passa a fazer parte da tua vida, como uma pintinha que só foi reparada 18 anos depois, mas que agora que você sabe exatamente onde ela está, é impossível não reparar, e seria estranho se ver sem. Pois assim é quando amamos. As conversas, a convivência, os beijos, a dor de estar longe nem que seja por um segundo, e o tempo que parece parar quanto se está perto. As brigas, talvez a coisa mais bizarra porem essencial no amor, é uma forma de provar o quanto você gosta. Ultimamente eu tenho descoberto coisas em mim que jamais eu pensei que eu pudesse ter, eu jamais pensei ter dor de pensar em perder, eu jamais pensei ter dor de ficar longe, eu jamais pensei em conseguir esquecer amores antigos, e eu jamais pensei que tinha uma pinta no ombro esquerdo. E hoje, junto com a pinta, eu descobri que eu te amo e que seria doloroso demais viver sem teu sorriso.
Coisa nenhuma. O que não existe. O não-ser. Pouca coisa. Fragilidade. Expressar qualquer negação. De modo nenhum. Não!
sábado, 31 de janeiro de 2009
domingo, 25 de janeiro de 2009
Vocês me ouvem?
Posso sair sem você me procurar?
posso me soltar das tuas mãos
e ser livre um pouco?
nunca quis tanto ser sozinha como agora
posso mãe?
posso pai?
posso fugir,
abrir a porta, dizer adeus, e voltar depois de alguns anos?
até eu desejar voltar?
posso não ligar, amigos?
posso não me preocupar com o problema de vocês?
eu quero te amar
mas não agora babe
posso meu amor?
podemos deixar pra depois tudo isso?
eu só queria ser sozinha
agora
fugir dos outros
correr
correr
correr
solta...pra um lugar distante de todos que se preocupam demais comigo.
eu já ouvi demais
e ninguém me ouve
vocês me ouvem?
por acaso ouvem?
preciso de um tempo
preciso de um tempo
preciso de um tempo
sozinha
fica combinado assim.
eu já resolvi demais a vida dos outros
posso resolver a minha?
não! não preciso da sua permissão.
Adeus
Adeus
Adeus
Eu quero ser sozinha
Você realmente pensa que sabe o que sente?
você acha que sabe
você acha que é feliz rapaz?
você, moça, acha que é feliz por que ganhou um
beijo do playboy do colégio?
mas você só acha
já se perguntou se era realmente isso que te deixa feliz?
somos todos necessitados
catando problemas aonde não tem
mas qual é a realidade disso tudo?
por que?
por que não podemos viver, como numa canção pop
caminhar por ai
num dia frio,
meio clipe de coldplay
meio fundo musical nonsense
eu queria saber viver
com um maço de cigarro
e um par de tênis
sem sentimento
pra que pudesse andar por ai
sem pensar em nada
caminhar
caminhar
o problema esta
nos sentimentos
quanto tempo você vai levar pra descobrir isso?
quanto tempo mais?
de quanto mais você precisa
pra seguir o teu caminho e deixar o meu
e entender que sentimentos atrapalham
atrapalham
deixar eu só
só
quanto tempo você vai precisar pra se mandar da minha rua? dos meus amigos? do meu espaço? da minha familia?
eu não pretendia
mas vá
por favor
vá
por favor vá
vá
por favor...por favor...vá!
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Isso não é para ser triste. Presa aos 17 anos.
Eu poderia passar toda a minha inútil vida correndo atrás de você, muita gente faz isso. Eu poderia passar todos os dias de todos os anos em que ficaremos( e ficaremos) longe trancada em casa esperando você ligar, ou aparecer, mandar quem sabe um recado telepatico me convidando pra sair, jogar carta no chão da sua casa, fumando milhões de cigarros e reclamando da falta deles no inicio da manhã. Sabe, coisas desse tipo tem muita gente que faz, mas há, isso não combina comigo( e nem com você). Eu prefiro passar a minha vida assim, desse jeito que estou, caçando amores, achando amores, sempre precisei disso...e eu sempre soube que você não me daria o que eu queria. Sim, eu sempre soube. Estavamos juntos, nada sério, mas foram os meses mais empolgantes que eu vivi até agora. É triste, realmente triste, que eu tenha encontrado o amor tão cedo, por que perto de qualquer outra aventura do genero que eu tiver, qualquer uma será apenas mais uma, nenhuma tão empolgante, nenhum vai dar a risada frenética que você deu quando eu falei numa madrugada que estamos nos alimentando muito bem com a sua maravilhosa sopa de cenoura desidratada comprada pré-pronta no mercado. Eu terei casos sérios aos meus vinte e poucos anos, sei disso, e também sei que serei feliz, mas não, nenhum caso será tão intenso quanto ao que eu tive aos meus 17 anos. O infelicidade do destino fazer eu me perder aos 17 anos, logo aos 17 anos. Vou vivendo de tentativas de romances, mas serão tentativas, você deixou seu nome marcado a ferro quente dentro de mim. Mas a minha vida toda esperando por você, há não. Não sou mulher disso. Sou mulher de lembranças. Da noite. Da vida.De eternas tentativas de amores insaciaveis. Mas vá, quem sabe numa dessas eu ache um que me sacie, como você conseguiu, calado. Isso não é pra ser triste, e nem quero que as pessoas a sua volta sintam pena ou me achem idiota quando você, porventura, mostrar isso num dia qualquer, eu apenas quero escrever sobre você, pra você. Dizer que ainda não sei se te agradeço, ou se te desprezo por ter me mostrado precocemente o amor. Dizer que sou melancolicamente feliz. Caricia no rosto, e um beijo na testa, como antigamente, da sua.
domingo, 18 de janeiro de 2009
Por querer
Durante uma chuva forte em um dia de verão a menina chorou. A chuva não era normal, nem o choro da menina. Caiam lagrimas ao mesmo som da água que vinha do céu, eram lagrimas de uma dor guardada há tempos, vindas do coração machucado e receoso de ser feliz. A menina chorava pela sua mãe, a menina chorava pelo seu pai, a menina chorava pelos seus irmãos, a menina chorava, não por ela, mas por eles. A menina era grande, sabida, mas a menina chorava pelos tempos que nunca passaram, a menina chorava pelas vidas cortadas, a menina chorou pelo seu pai e pelas promessas que ele ouvia da boca da mulher amada, onde ingênuo, ele acreditava. A menina chorou pelo cansaço de sofrer, mesmo calada e com um sorriso na boca. Chorou por guardar lagrimas demais depois de anos de palavras duras ouvidas da boca da mulher que lhe deu a luz. A menina chorou por querer viver em paz. Por querer demais. Por querer.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Amor que não se esquece
Jura amigo meu
o passado fez caminhos em nós
que ninguém é capaz de conhecer
sou triste
e sou feliz
sou eu quando te tenho do meu lado
e sou eu quando
falo baixo no seu ouvido
que te amo
são caminhos
rastros
pólvora de amor
espalhadas em todos os cantos do nosso corpo
e eu não sei o que fazer com todo esse amor nas mãos
eu não sei
pensei que jogaria ele pra cima
e assim ele sumisse
mas não
to com as mãos carregas
ele sempre volta
e eu não sei o que fazer.
o passado fez caminhos em nós
que ninguém é capaz de conhecer
sou triste
e sou feliz
sou eu quando te tenho do meu lado
e sou eu quando
falo baixo no seu ouvido
que te amo
são caminhos
rastros
pólvora de amor
espalhadas em todos os cantos do nosso corpo
e eu não sei o que fazer com todo esse amor nas mãos
eu não sei
pensei que jogaria ele pra cima
e assim ele sumisse
mas não
to com as mãos carregas
ele sempre volta
e eu não sei o que fazer.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
resquícios da noite passada
Entre pedidos de união e versos soltos da boca de pessoas que nem ao menos conheço, entre sorrisos, palavras complexas, frases feitas, eu sinto falta do nosso silencio e das nossas noites, dias, madrugadas a dentro sem fazer nada, sorrindo um para o outro falando coisas, apenas coisas.
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